Ajuda de psicopedagogos reduz bullying nas escolas em Ourinhos
terça-feira, 4 de junho de 2013A presença de psicopedagogos na rede municipal de educação na cidade de Ourinhos começa a trazer resultados. Desde que os profissionais foram contratados para dar suporte a professores, alunos e pais, mudanças estão sendo notadas dentro e fora das salas de aula. Casos de bullying e hiperatividade, por exemplo, que costumam ser frequentes nas escolas, estão deixando de serem registrados.
Os alunos têm melhorado o comportamento e, os professores, conseguem ensinar e obter melhor rendimento na aplicação dos conteúdos. A dona de casa Patrícia de Oliveira sabe a dificuldade que é lidar com os efeitos do bulllyng. Na escola, Amanda, filha dela, já foi alvo de brincadeiras maldosas. Situação que afetou o comportamento da menina dentro e fora da sala de aula. “No começo ela ficava quieta, mas depois ficou um pouco agressiva com os outros irmãos. Foi então que me preocupei”, disse.
Combater a prática do bullying não é fácil. Quase todos os alunos têm alguma história relacionada ao assunto. “Me chamavam de gordo, baleia, baixinho”, lembrou o aluno William Carlos Lobo Rocha, de 10 anos.
Saber detectar pequenos desvios de conduta dos alunos faz parte do trabalho de professores e psicopedagogos. A professora Rosa Maria Zuin leciona para crianças do ensino fundamental e fez especializações para aprender a observar situações que fogem da normalidade na sala de aula. Cabe a ela ajudar quem está tendo alguma dificuldade nos estudos e no relacionamento com o grupo. “A gente observa primeiro os alunos, no comportamento, se há algum comprometimento na fala, na audição, na visão, na aprendizagem. Observando isso a gente pede ajuda do profissional para nos orientar para quais os comportamentos e o que pode acontecer para uma criança estar sendo vítima de bullying”, informou.
Cerca de 20 mil alunos fazem parte da rede municipal de ensino de Ourinhos. E desde 2001, psicopedagogos fazem parte do processo educacional. Atualmente, nove profissionais auxiliam professores, alunos e famílias. A gente precisa conhecer o histórico da criança para a gente poder entender o contexto. Até mesmo para a gente saber se a criança está naquele momento com dificuldade ou com problemas de comportamento por quais questões. Se é mesmo de aprendizagem, alguma disfunção, se mesmo a questão da imaturidade da criança, ou familiar, social”, explicou a coordenadora psicopedagógico municipal, Adriana Neves.
Um exemplo de melhora de comportamento é João Pedro Chaves de Sousa, de 9 anos. Ele já foi o “terror” de professores e dos colegas. Hiperativo, ele costumava ser o pivô de problemas de convívio em classe. “Fazia muita bagunça. Corria pela sala, não parava sentado, não fazia lição e ia pra diretoria”, contou.
A mãe de João Pedro, Adriana Chaves, afirmou que encontrou dificuldades para matricular o filho. “As escolas negavam a matrícula dele porque diziam que só ouviam queixas. Pensei até em desistir, mas a psicopedagoga disse que me ajudaria”.
Fonte: G1
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