Após seis anos, DIG de Ourinhos esclarece mais um homicídio ?
quinta-feira, 1 de setembro de 2011O delegado titular da DIG, (Delegacia de Investigações Gerais) de guia da cidade Ourinhos, João Ildes Beffa, e seus investigadores esclareceram um homicídio ocorrido no final de 2004.
Segundo Beffa, a jovem Maria da Conceição Vieira da Silva, a Ceiça, na época com 25 anos, foi morta a mando de seu amásio, o traficante Claudeir Alves Faria, 41, popular C.L, que estava preso na época. Ele teria mandado matar a moça por desconfiar que ela estivesse lhe traindo roubando o seu dinheiro.
A ossada de “Ceiça” foi encontrada no dia 11 de fevereiro de 2005, nas proximidades da Ponte Preta, sem qualquer identificação, apenas com aparelho dentário.
Os detalhes do crime que ocorreu há seis anos foram oferecidos pelo delegado em entrevista coletiva na tarde de ontem. João Beffa contou que Claudeir, antes de ser preso, tinha 200 mil dólares. Quando foi detido em Osasco, deixou o valor com a namorada. Os dólares seriam utilizados para garantir a sua fuga da prisão, mas ele foi informado que a am´sia havia desaparecido com todo o dinheiro.
Temendo pelas conseqüências, ela simulou o seqüestro de sua empregada domestica, juntamente com outros integrantes da quadrilha de CL, o “Rato”, Ronaldo Ângelo, morto na cadeia também a mando de CL, “ MIMI”, Claudemir Gomes, desaparecido, “Tubarão, o” Jurandir Francisco Borges, procurado, e “ Juninho “ Daniel Santos Junior, preso. O grupo levou a domestica até uma residência na rua Eduardo Peres , onde a torturam de varias formas desumanas. Não contentes, arrastaram o marido da vitima também para a casa e torturaram os dois.
O plano era dizer que empregada havia pegado o dinheiro. Ceiça acabou percebendo que sua idéia não daria certo, pois CL, não iria acreditar que o casal tinha roubado os 200 mil dólares. Decidiu então mandar matá-los. Um dos envolvidos na trama percebeu o desespero de Ceiça e decidiu não mais dar continuidade à tortura. Ele desconfiou que ela era a responsável pelo sumiço do dinheiro. CL foi informado de tudo e de dentro da cadeia determinou que Ceiça fosse torturada e, em seguida, assassinada. A determinação foi cumprida e por várias horas a torturam e depois a esfaquearam no peito e a estrangularam. Em seguida, Ceiça foi enterrada em um terreno próximo à Ponte Preta.
Por fim, o dinheiro até hoje não foi encontrado e Ceiça acabou pagando com a própria vida por se envolver com um dos maiores traficantes da região. Segundo informações da polícia, CL era comparsa de Fernandinho Beira Mar. Tubarão continua solto, mas o delegado já pediu a prisão preventiva dele.
Fonte: Santa Cruz News